O projeto apresentado pela Associação Empresarial de Baião, em parceria com a Câmara Municipal, à medida “Bairros Comerciais Digitais”, foi um dos 65 aprovados pelo governo no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O resultado desta e das restantes candidaturas foi apresentado, no dia 6 de setembro, no Palácio da Bolsa, no Porto, pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, numa cerimónia que contou com presença do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, no encerramento da sessão.
O programa “Bairros Comerciais Digitais” tem por objetivo promover e fomentar o desenvolvimento dos setores do comércio e dos serviços abertos ao consumidor, visando a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, a promoção do comércio online e da integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento.
ALAVANCAR NEGÓCIOS
O vereador dos Assuntos Económicos da Câmara de Baião, José Lima, sublinhou “a excelente oportunidade de modernização que esta medida representa para os empresários baionenses, podendo alavancar os negócios, permitindo-lhes uma posição muito mais vantajosa no mercado, em linha com os desafios que atualmente são colocados às empresas”. O autarca destacou ainda a parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Baião e a Associação Empresarial, “um sinal da melhor cooperação entre as duas entidades em torno de um projeto crucial para a economia do concelho”, frisou, mostrando-se convicto de que o projeto possa ser alargado a todo o concelho.
Também a presidente da Associação Empresarial de Baião, Maria Miguel, referiu a “mais-valia que a integração no universo digital trará aos empresários e empresas abrangidas por este projeto, colocando-os ao nível da concorrência em cada setor, permitindo-lhes assumirem-se de forma mais arrojada no mercado, cada vez mais competitivo, onde a presença digital é incontornável”, alertou.
450 MIL EUROS DE FINANCIAMENTO
O projeto vai ser implementado de forma gradual, em virtude da sua consistência comercial, enquadrada no âmbito das regras especificas do programa, obedecendo a um determinado perímetro, com um financiamento aprovado a 100%, de cerca de 450 mil euros.
O “Bairro Comercial Digital de Baião”, enquadrado nos objetivos estratégicos definidos na componente 16 do Plano de Recuperação e Resiliência, aponta para a implementação de ações que visam substancialmente, o reforço de competências ao nível do digital, mais concretamente para os trabalhadores do setor empresarial, capacitando-os para um melhor nível de utilização destes recursos, objetivando-se uma maior modernização dos modelos de negócio a requalificar, cada vez com menor recurso ao procedimento físico.
Haverá uma maior sensibilização e capacitação dos empresários e trabalhadores para vendas através de canais digitalizados e o fomento e apoio ao aparecimento de novas empresas locais de base digital, de vendas online de produtos, nomeadamente os produtos autóctones e endógenos.
DESMATERIALIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
No setor dos serviços, será fomentado, cada vez mais, o contacto digital entre pares, com vista a resolução de tarefas com recurso a meios digitais, designadamente no contacto com as Finanças, Câmara Municipal, Registo e Notariado e outras entidades, evitando-se deslocações desnecessárias, e promovendo-se a desmaterialização de procedimentos e processos.
O “Bairro Digital de Baião” assenta em pilares de qualificação, digitalização, produtividade e competitividade dos negócios aderentes. Esta filosofia, quando implementada, irá alterar o panorama da oferta comercial e de serviços, e pretende-se que venha a ser um impulsionador para outras ideias similares no concelho, vislumbrando-se um efeito de contágio para estes setores de atividade.
O modelo de gestão do Bairro Comercial Digital de Baião, dependerá de um sistema articulado no sentido de assegurar uma resposta global quanto à promoção, comunicação, acessos e mobilidade, conforto, serviços de apoio e serviço de atendimento ao cliente. Neste caminho, é estabelecida uma sintonia entre agentes privados e administração pública local, criando-se um ambiente de confiança e de trabalho conjunto.