Foi inaugurada, ontem, 19 de abril, pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, a exposição “Eu sou… Cargaleiro”, que retrata o percurso artístico do Mestre Cargaleiro em 65 obras que vão desde a pintura à cerâmica, passando pelos guaches e painéis de azulejos, entre outras abordagens.
“A crescente valorização do Interior do País e a necessidade de reforçar a ligação entre a cultura e o turismo enquanto motores de desenvolvimento são fundamentais”. Para o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, “Portugal tem de liderar o turismo do futuro, que é assente na sustentabilidade, na coesão e na inclusão mas, sobretudo, na autenticidade e, hoje, assistimos à mostra de várias obras de arte da autoria de Manuel Cargaleiro inseridas numa autêntica obra de arte agora requalificada – o Mosteiro de Ancede”, destacou.
Numa cerimónia que contou com a presença do curador da exposição, Ângelo Paupério, ficou sublinhada a importância de Manuel Cargaleiro como o maior artista português vivo com projeção internacional. “Esta exposição insere-se neste trabalho notável de requalificação do Mosteiro de Ancede e mostra mais do que uma abordagem à obra de Manuel Cargaleiro sendo, na verdade, um testemunho da sua vontade permanente de transmitir uma mensagem positiva e de esperança a quem vê os seus trabalhos. Em Junho, Manuel Cargaleiro visitará o Mosteiro de Ancede para agradecer a homenagem que o Município lhe presta e para revisitar muitos dos trabalhos de várias épocas aqui expostos”.
“Este é mais um momento marcante da história do Mosteiro de Ancede. A exposição que hoje inauguramos representa aquilo que pretendemos para o MACC – Baião: sermos ambiciosos, sonhadores, ousados, provocadores. Este momento é a antecâmara de um futuro que será rico culturalmente e impulsionador em termos sociais, económicos e turísticos. Este espaço representa uma cápsula do tempo com pedras que contam histórias da Região que queremos mostrar ao Mundo”, referiu o presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira. O autarca justificou a aposta do Município numa oferta cultural “fora dos circuitos habituais” como uma forma de descentralizar e de afirmar, por essa via, não só Baião, mas toda a Região, no panorama nacional e internacional.
Até 19 de Agosto, o MACC Baião acolhe a exposição de um dos grandes vultos das artes – reconhecido nacional e internacionalmente -, com uma seleção de trabalhos raramente expostos que apresenta ainda a componente fotográfica para abordar o processo de execução de algumas das obras.