Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, reuniu esta terça-feira, dia 4 de agosto, na Adega Cooperativa do Gôve, com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e fez-se acompanhar por José Lima, vereador com o pelouro dos Assuntos Económicos e por diversos agentes de desenvolvimento local, que fez questão de convidar – como, aliás, vem sendo prática habitual nestas matérias – para dar seguimento à intenção da autarquia de ver implementados alguns projetos apresentados numa primeira reunião com a governante, que decorreu no inicio de março nos Paços do Concelho, nomeadamente a hipótese de se criar em Baião uma Organização de Produtores, aproveitando o espaço da antiga Adega Cooperativa, que necessita da devida requalificação.
A reunião de trabalho permitiu uma troca de ideias entre todos os agentes presentes – autarcas, dirigentes associativos ou empreendedores do setor agroalimentar – , possibilitando enriquecimento do projeto a vários níveis. Maria do Céu Antunes voltou a elogiar a postura pró-ativa do executivo baionense depois de fazer uma análise extensiva dos planos da autarquia para a Adega, reafirmando que o Ministério da Agricultura “defenderá o projeto a par com a Câmara Municipal aquando da procura de eventuais formas de financiamento para a sua materialização”. Antes da reunião, a ministra da agricultura teve oportunidade de conhecer o espaço da Adega na companhia da arquiteta Filipa Rocha.
O projeto em causa visa a reconversão da antiga Adega Cooperativa num Centro Logístico e de Promoção do Setor Agroalimentar que funcionará como um Centro de Incubação e Germinação de Novos Negócios, Formação e Investigação no setor agrícola. Uma iniciativa que comportará, entre outras valências, áreas de desenvolvimento de novos negócios, de apoio ao investimento, à inovação e internacionalização e com forte componente no armazenamento, logística e distribuição. Este centro, que já tem estudo e projeto arquitetónico concluído, pretende criar condições aos produtores da região para a sua agregação através da organização de produtores e assim ganharem escala e construírem novas competências de forma a serem mais competitivos e inovadores.
A titular da pasta da agricultura felicitou os presentes por ter sido possível juntar à volta de um mesmo projeto, várias entidades, sejam elas públicas ou privadas, no sentido de alavancar o desenvolvimento territorial através da agricultura e da agroindústria. “Projetos como este são importantes para a ocupação coesa do território e para o seu desenvolvimento. É imperioso, em todo o país, esbater as desigualdades. Precisamos de um modelo de desenvolvimento harmonioso e integrado, em todo o território, seja ele em meio mais urbano ou mais rural, mais do interior ou mais do litoral, de forma a que todos tenham oportunidades. Este projeto tem a seu favor o facto de ter um modelo de governação que vai permitir juntar o território e os seus atores à sua volta, que entende a região, e que é estruturante para poder fazer face a tantos desafios que se lhe colocam”.
Paulo Pereira mostrou-se“satisfeito” pela discussão daquele que descreve como um “bom projeto, em linha com o Plano de Estabilidade Económica e Social e o Plano de Recuperação Económica definidos pelo Governo e, certamente, com o futuro Quadro Comunitário de Apoio”. No final, o autarca deu nota de que há boas possibilidades de se conseguir financiamento para os equipamentos de toda a estrutura através do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR). Quanto à requalificação do edifício, o edil baionense acredita que foi lançado “o caminho que, através da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, pode vir a ser trilhado”, já que “não será difícil reunir o apoio dos 11 autarcas” que a integram.No entender do autarca, esta questão, aliada ao “conjunto de entidades que estão envolvidas no projeto desde a primeira hora – pessoas com provas dadas e capacidade de trabalho”, faz com que estejam “reunidas todas as condições para que este projeto se possa materializar num curto/médio prazo”, rematou.