Foi apresentado no passado dia 14 de agosto o novo livro de José Luís Carneiro intitulado “Valorizar os Portugueses no Mundo: por uma estratégia partilhada 2015-2019”. Sob a chancela da Casa da Moeda e com prefácio do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o livro procura ilustrar o potencial da diáspora portuguesa na afirmação de Portugal no mundo e, ainda, no desenvolvimento local, regional e nacional do País.
Na sessão, realizada no salão nobre dos Paços do Concelho, Paulo Pereira, que esteve acompanhado por vários vereadores da Câmara Municipal, teve a palavra de abertura ilustrando “o modo como o Concelho é beneficiário do contributo dos emigrantes no seu desenvolvimento. E afirmou que Baião tem uma dimensão internacional a partir dos emigrantes que fazem as suas vidas em todos os continentes. A terra estará sempre de braços abertos para os acolher e para contar com o seu contributo”, disse.
Coube a Pereira Cardoso, ele próprio filho de emigrantes no Brasil, lembrando o seu pai, fazer a apresentação do livro. Sublinhou a importância das políticas desenvolvidas pela secretaria de Estado no apoio e na proteção dos portugueses no estrangeiro e disse admirar a dimensão de prestação de contas realizada no livro. Após uma análise à estratégia de trabalho que se pode ver no trabalho editado em livro, lembrou a importância da língua portuguesa e o crescimento expectável da mesma, bem como os exemplos de vida de tantos emigrantes descritos no livro e que mostram bem a importância estratégica desta área governativa para o País e para o município. Ao longo da sua exposição procurou demonstrar que o Concelho de Baião é o espelho do País no que à emigração diz respeito e que essa dimensão tem que ser vista pelo que dela pode resultar de mais positivo. Lembrou a propósito o relatório, depois tratado em livro, de Eça de Queiroz. “Nesse relatório, este grande escritor referia a emigração como um fator de desenvolvimento das sociedades de acolhimento, mas também das sociedades de partida”, assinalou.
José Luís Carneiro, depois de enaltecer o trabalho que está a ser realizado pelo município, também no domínio do apoio aos emigrantes, começou por agradecer a presença de tantos cidadãos e cidadãs amigos e disse que o livro era “uma homenagem aos portugueses no mundo e uma prova do esforço realizado por todas as instituições da República para lhes garantir uma cidadania mais qualificada e uma democracia mais aberta à participação de todos, de que o exemplo do recenseamento automático é prova material”. Depois acrescentou que o livro tem quatro partes essenciais: uma que procura mostrar o potencial dos portugueses no estrangeiro; outra, que ilustra os serviços consulares e diplomáticos ao seu serviço; uma terceira que procura mostrar a importância da cooperação entre todos os serviços do Estado e, por último, três exemplos de apoio e proteção consular em situações mais difíceis: a Venezuela, o Brexit e Moçambique por altura do furacão Irma. Estes exemplos, “servem para mostrar uma metodologia de trabalho que se tem vindo a aplicar a centenas de situações que ocorrem diariamente em todo o mundo”.