Estávamos a 27 de maio de 2013 quando o Governo, em plena Semana da Energia, deu conta de que publicou em Diário da República a abertura de vários concursos para a atribuição de 26 licenças de distribuição local de gás natural. O investimento estimou-se em 85 milhões de euros que se destinavam à criação de unidades autónomas de gás (UAG) para alargamento da rede de gás natural do país, depois de se verificar que a cobertura da rede no litoral era muito superior à do interior. A boa notícia: Baião era um dos concelhos abrangidos por este novo investimento.
5 anos volvidos, foi inaugurada a UAG instalada no concelho de Baião, depois da empresa Sonorgás ter vencido o concurso. A cerimónia de inauguração decorreu na última sexta feira, 15 de março, junto ao local onde a estrutura foi implantada, nas redondezas da Zona Industrial de Baião, e contou com a presença do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado da Energia, João Galamba, do presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, do presidente do conselho de administração da Sonorgás, Armando Moreira, do presidente da Junta de Freguesia de Campelo e Ovil, Filipe Fonseca, do comandante da GNR de Baião, Artur Mota, e dos comandantes dos Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere e Baião, Márcio Vil e António Costa, entre outras entidades e individualidades.
A Sonorgás, uma empresa do grupo Dourogás, investiu cerca de 3 milhões de euros no território e, mesmo antes da inauguração, contava já com 200 clientes da sede do concelho de Baião, embora a empresa preveja ultrapassar os 1000 a breve prazo.
Paulo Pereira, visivelmente satisfeito, deu conta ao descerrar da placa que “este investimento privado no concelho tem impacto na qualidade de vida das pessoas. O gás natural é ambientalmente mais sustentável, porque é menos poluidor e eficiente, ainda por cima sendo o concelho de Baião o que apresenta a maior mancha verde percentual de todo o distrito do Porto. Só podemos estar satisfeitos”. E acrescentou: “o preço praticado em Baião será o mesmo do praticado no restante território nacional, fator importante do ponto de vista da coesão territorial. No que compete à autarquia, estaremos sempre recetivos a todos os investidores que queiram apostar em Baião, na medida em que esse investimento se pode traduzir em criação de emprego e de dinâmica económica.”
João Pedro Matos Fernandes saudou os investidores e a autarquia e considerou que o investimento “contribui para o conforto de quem vive em Baião, para as empresas e para quem quer vir viver para Baião”. O governante, fazendo referência aos 30 quilómetros de rede, tendente a abastecer todos os habitantes da sede do concelho, lembrou que “a nova estrutura vai contribuir para reforçar a justiça energética porque para podermos ter um mundo justo fundado nas energias renováveis não podemos deixar ninguém para trás”.
Matos Fernandes deu conta, ainda, de que o governo tem as atenções centradas na descarbonização prevendo-se em Portugal a redução de 68 megatoneladas de emissões, contabilizadas em 2017, para 12 em 2050. “A chegada do Gás Natural a Baião coloca o concelho na linha da frente, ambientalmente ao nível dos melhores e mais eficientes concelhos do país”, rematou.